quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Puras juras

Passou mais um mês
e tu esqueceste de vez
quem foi que fez
a insensatez
ser sentida, ingênua a vagar.

Vem com candura,
traz a cura pura
e jura
(mas jura?),
jura que hoje vais me encontrar.

A virtude antes descrida,
inibida
foi concedida,
(então percebida)
àquele que jamais se faz calar.

É preciso ir,
deixar de cair,
o corpo erigir
e, assim que sair,
lembrar-se qual o meu nome
e me chamar.


(Marco de Moraes) 

sábado, 22 de janeiro de 2011

Selos

Olá! Hoje estou postando aqui selos que recebi da Akira e da Rafalla B.! Fiquei muito feliz e contente por ter recebido os selos das duas, que me são queridas!

Beijos e abraços!





Nome: Marco Antonio Rocha de Moraes.
Uma música: Conversa de botequim (Noel Rosa)
Humor: na paz.
Uma cor: Vermelho.
Uma estação: Outono.
Como prefere viajar: de carro.
Um seriado: Friends.
Frase ou palavra mais dita por mim: porraaaaa!
O que achou do selo: eu gostei, oras!

Blogs indicados:

open diary - Kerol Ainne
gambiarra - Beto Borati
catras sobre a mesa - Rafaella B.
a toca - akira
a arte de um sorriso - rodolpho padovani
pensamentos não ditos - TM
mundo pequeno - Diego Cara
poemas miúdos - Ana Beatriz
flaws and all - Gessy
idéias, poemas e risadas - Jota Marques

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Adeus, ano ordinário

Por fim pude me despedir de um ano arrastado e birrento que não me foi muito cortês. Já era sem tempo, como não? Vez não faltou no ano que jaz para que eu, ofegante, lamentasse por tão pouco ter chance para repousos que convencessem meu corpo de que era hora de fechar os olhos trêmulos um tanto, sem contratempos maiores a me preocupar porque ou eu passava do compasso ou me atrasava. Eram pormenores, os pormenores... Meus palpites sujos e infelizes foram objetos de desdéns de dias-a-dia pilantras cuja realidade era indigesta, mas que por sorte geraram motivos para honrarias ricas resultantes de bons dizeres escritos. Disto me poupo da insatisfação, até me permito evitar: palavras brotaram no terreno interior tido como infértil e acusado como parco, quando em verdade era tímido – houve quem não entendesse ou se fizesse desentendido, bem sei – e se mostrava reflexivo, retraído até se entregar à irresistível brancura do papel e às oportunidades que só as vontades por liberdade proporcionam, digo ainda que muito saborosos foram os frutos regados de nanquim! Houve momentos de plena escuridão matinal em que vozes ecoavam baixo amiúde, dispersando os sentidos com fins de blefe embolados sendo que pouco restou para me enganar enquanto era convocado a trilhar desconfiado pelas sombras ouvindo sussurros sedutores incansáveis. Meras induções a erros. Decerto foi o tipo de engano torvo que tive de conviver, assim como o desgosto pelo fel deveras sensaborão que me alertava por eu ser o ofensor da tristeza agredido por todos os recantos em surras estúpidas, rígidas e necessárias por que deveria passar. Fiz-me solitário a vislumbrar os encantos do céu em presentes raros que reconheci merecedores de atenção porque dúvidas não faltaram: foi um ano de reclusões merecidas às quais reflexões da vida me fizeram enxergar o antes impossível. Cabe aqui um despedir que estava entalado, demasiado voluntário: adeus, dias doloridos de um ano ordinário.

(Marco de Moraes)