sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Rara harmonia

Eram cinco da madrugada
quando ela, delicada
alumiava a praça vazia e pacata
repelindo a escuridão com alvor de prata.

Ela encantou o tempo e a mim mesmo
e fez de planos plenos fantasia.
Deitado atordoado ao relento e a esmo
eu estava parado atravessando noite vazia.

Que presente singular me foi concedido!
Fez meus olhos encontrarem sentido
na luz que banhava meu corpo estendido na areia!

Eles conseguiram abrandar este coração afoito
juntos: eclipse, solstício e lua cheia.
Agradeço ao encontro esperado desde 1638.


(Marco de Moraes) 

Um comentário:

  1. Muito bom esse poema, cara. Admiro quem escreve poemas, pois dificilmente consigo compô-los e aqui você fez isso de uma maneira incrível.
    Sempre que possível passarei por aqui, gostei do teu espaço.

    Abraços.

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